Na cirurgia plástica falamos que trocamos uma queixa por uma cicatriz. A cicatriz é uma consequência inerente a cirurgia plástica.

A cicatriz ideal deve estar fina e não comprometer a função ou aparência: objetivo final de todo cirurgião plástico. Porém, por diversos motivos, a cicatriz pode não ter o resultado que desejamos.

Cicatrização: o que é e quais são as principais fases?

O processo de cicatrização pode ser divido em: fase inflamatória, fase proliferativa e fase de maturação.

A fase inflamatória inicia-se imediatamente após o “trauma”. Nessa fase células presente no sangue saem dos vasos em direção a ferida para iniciar o processo de cicatrização, durando em torno de 72 horas.

A fase proliferativa inicia-se entre 1 e 3 dias, dura até duas semanas com o pico no sétimo dia. Nessa fase há uma intensa produção de células, colágeno e formação de novos vasos sanguíneos, aumentando a força tênsil da ferida.

A última fase, de maturação, dura de meses a anos. Nessa fase não há mais produção de colágeno, mas estruturação do tecido cicatricial.

Essa fase começa aproximadamente 3 semanas após a lesão e pode durar até 2 anos.

O pico da força tênsil da ferida é atingido aos 60 dias após o reparo primário. A tensão aumenta até 24 meses. Por volta de 6 semanas, ela já tem 50% da força tênsil total.

A força tênsil da cicatriz nunca será igual a da pele normal.

Cicatrização após cirurgia plástica: o que pode acontecer?

As cicatrizes podem evoluir com diferentes alterações:

Discromia: São alterações relacionadas com a cor. Hipocromia são cicatrizes mais claras enquanto hipercromia são cicatrizes escuras.

Contratura cicatricial: São lesões deformantes decorrentes da retração exagerada dos tecidos que muitas vezes necessitam sua liberação e cobertura com enxertos ou retalhos de pele para a restauração do local envolvido.

Quelóides: São cicatrizes anormais que contêm placas excessivas de colágeno que acometem a pele não envolvida na lesão inicial (além das margens da incisão). Eles geralmente continuam a crescer sem sinais de regressão espontânea. Apresentam predileção familiar, ocorrem em negros mais que em brancos e afetam mulheres mais que homens. Quelóides frequentemente ocorrem na face, lobo da orelha, tórax anterior e são mais comuns em pacientes entre 10 e 30 anos. A ressecção cirúrgica dos queloides isoladamente, resulta em quase 100% de recidiva. A cirurgia é indicada para reduzir, mas a recorrência deve ser prevenida por outros meios como corticóides, pressão ou radiação e interferon.

Cicatriz hipertrófica: Contém excesso de colágeno que permanece nas bordas do leito da cicatriz. Ela não exibe uma predileção étnica nem demonstra uma taxa desigual entre os sexos. Geralmente ocorre em pacientes menores de 20 anos de idade e segue uma história natural de crescimento seguida por regressão espontânea em volume. É achada em todas as áreas do corpo. Estas cicatrizes tipicamente melhoram com ablação cirúrgica e/ou pressão.

A cicatriz geralmente tem seu pior aspecto entre 2 semanas e 4 meses após a lesão. A aparência final depende da técnica, dos materiais e das características da cicatrização do paciente.

Tabagismo:

O tabagismo afeta a cicatrização de feridas por diversos mecanismos: reduz o fluxo sanguíneo, aumenta o número de radicais livres, inibe a produção de prostaglandinas e células importantes na cascata da cicatrização como os macrófagos.

Na cirurgia plástica favorece a deiscência de cicatrizes, aumenta o risco de infecções, necrose, perda de enxertos e retalhos além do aumento do risco de trombose e embolia pulmonar.

Nutrição:

A nutrição adequada também é fundamental para uma boa cicatrização. Os nutrientes encontrados nos alimentos são fundamentais no processo de cicatrização.

A Academy of Nutrition and Dietetics recomenda 5 dicas para promoção da cicatrização de feridas com boa nutrição:

Planeje refeições e lanches saudáveis e balanceados que incluam a quantidade certa de alimentos de todos os grupos alimentares, como proteínas, frutas, vegetais, laticínios e grãos.

Escolha vegetais e frutas ricas em vitamina C, como morango, laranja, espinafre. Para obter a quantidade de zinco adequada, escolha grãos inteiros e consuma proteínas, como ovos, carnes, frutos do mar. Algumas feridas podem exigir uma ingestão maior de certas vitaminas e minerais para auxiliar na cicatrização.

Inclua proteína adequada ao longo do dia. Inclua uma fonte de proteína em cada refeição ou lanche.

Fique bem hidratado.

Controlar os níveis de açúcar no sangue ajuda a prevenir o desenvolvimento de feridas e auxilia na cura e recuperação.

Tratamentos:

Como vimos, as cicatrizes podem evoluir com diversas alterações, sendo assim, existem diferentes tratamentos, desde o uso de cremes até correções cirúrgicas associadas a betaterapia.

No entanto, é importante saber que as cicatrizes não desaparecem por completo, o objetivo dos tratamentos é deixá-las o menos perceptíveis o possível. Existem diversas possibilidades, recomendadas de acordo com o tipo e local da cicatriz.

A avaliação pelo médico é fundamental para ele indicar o melhor tratamento, para cada paciente.

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